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Alterações na colonoscopia: entenda o que significam e quando se preocupar

Alterações no exame de colonoscopia

A colonoscopia é um dos exames mais importantes para investigar sintomas intestinais, prevenir doenças e diagnosticar precocemente condições graves, como o câncer colorretal. Durante o procedimento, o médico visualiza em detalhes todo o intestino grosso, identificando alterações que podem ou não representar riscos à saúde.

Mas, afinal, o que são as alterações encontradas na colonoscopia? O que significam termos como pólipo, divertículo, inflamação ou estenose? E quando essas alterações representam perigo?

Neste artigo, vamos explicar de forma clara, didática e atualizada quais são as alterações mais comuns vistas na colonoscopia, o que cada uma significa, quando é necessário tratamento e como prevenir problemas intestinais. Um conteúdo completo para você se informar e cuidar melhor da sua saúde digestiva.

O que é colonoscopia e por que é tão importante?

A colonoscopia é um exame realizado com um colonoscópio, tubo flexível com câmera na ponta, que permite observar o interior do reto e do intestino grosso. Além de diagnosticar doenças, permite realizar biópsias e remover pólipos, evitando a evolução para câncer.

De acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Coloproctologia e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a colonoscopia é recomendada como rastreamento a partir dos 45 anos para pessoas de risco habitual ou antes, em casos de histórico familiar ou sintomas suspeitos, como:

  • Sangue nas fezes;
  • Alterações no hábito intestinal (diarreia ou constipação persistentes);
  • Dores abdominais frequentes;
  • Anemia sem causa aparente.

Quais alterações podem ser encontradas na colonoscopia?

Durante a colonoscopia, o médico avalia todo o trajeto do intestino grosso e do reto, podendo identificar diferentes alterações, como:

  • Pólipos;
  • Divertículos;
  • Inflamações;
  • Úlceras;
  • Estenoses;
  • Tumores.

A seguir, explicamos cada uma dessas alterações, seus riscos e as indicações de tratamento.

Leia tambpem: Colonoscopia sem receios: entenda tudo sobre o exame

Pólipos intestinais: o que são e por que precisam ser removidos?

Os pólipos são crescimentos anormais na mucosa do intestino, que se projetam para dentro do lúmen intestinal. Eles podem ser únicos ou múltiplos e ter diferentes tamanhos e formatos. A maioria dos pólipos é benigna, mas alguns tipos, chamados adenomas, podem evoluir para câncer ao longo dos anos.

Por isso, a retirada dos pólipos (polipectomia) durante a colonoscopia é considerada uma forma de prevenção do câncer de intestino. Após a remoção, os pólipos são enviados para análise histopatológica, que define o tipo e o risco de malignidade.

Principais tipos de pólipos encontrados:

  • Hiperplásicos: geralmente pequenos e sem potencial maligno;
  • Adenomatosos (adenomas): podem evoluir para câncer;
  • Serrilhados: têm risco intermediário.

Divertículos: quando podem causar problemas?

Divertículos são pequenas bolsas que se formam na parede do intestino grosso, principalmente no sigmoide, devido a pontos de fraqueza muscular associados à pressão aumentada dentro do cólon. A presença de divertículos caracteriza a doença diverticular, que é mais comum em pessoas acima dos 50 anos.

Na maioria das vezes, os divertículos são assintomáticos. Porém, podem inflamar (diverticulite) ou sangrar, causando dor abdominal intensa, febre ou hemorragia digestiva baixa.

Principais orientações para quem tem divertículos:

  • Dieta rica em fibras para evitar constipação;
  • Hidratação adequada;
  • Atividade física regular;
  • Evitar o uso indiscriminado de laxantes.
  • Inflamações: colites e suas causas

A colonoscopia também permite identificar sinais de inflamação na mucosa do cólon, conhecidos como colites. As principais causas incluem:

  • Doenças inflamatórias intestinais (DIIs), como retocolite ulcerativa e doença de Crohn;
  • Infecções intestinais (colites infecciosas);
  • Colite isquêmica, causada por redução do fluxo sanguíneo no intestino;
  • Colite actínica, resultado de radioterapia pélvica prévia.

As colites se manifestam com sintomas como diarreia com ou sem sangue, dores abdominais e febre. Em caso de suspeita, a colonoscopia com biópsia é essencial para diagnóstico preciso e definição do tratamento.

Leia também: Doença Diverticular x Diverticulite: entenda as diferenças

Úlceras: lesões que merecem atenção

As úlceras são feridas abertas na mucosa do intestino, podendo ser superficiais ou profundas. As principais causas de úlceras colônicas incluem:

  • DIIs (especialmente retocolite ulcerativa);
  • Infecções;
  • Uso prolongado de anti-inflamatórios;
  • Câncer ou lesões pré-cancerígenas.

A presença de úlceras deve sempre ser investigada, pois podem levar a sangramentos ou indicar doenças graves.

Estenoses: o que significa estreitamento do intestino?

Estenose é o estreitamento de um segmento do cólon, dificultando a passagem das fezes e podendo causar sintomas como constipação severa, dores abdominais e distensão. As causas mais comuns de estenose são:

  • Doença de Crohn, que causa inflamação crônica e fibrose;
  • Tumores;
  • Processos cicatriciais de cirurgias ou radioterapia.

Quando a estenose provoca obstrução intestinal ou sintomas importantes, pode ser necessário tratamento endoscópico (dilatação) ou cirurgia.

Tumores: detecção precoce salva vidas

Entre as alterações mais graves que podem ser identificadas na colonoscopia estão os tumores do cólon e reto. O câncer colorretal é o segundo tipo mais comum no Brasil e a segunda principal causa de morte por câncer.

Detectar lesões em estágios iniciais, antes que cresçam ou se espalhem, permite tratamento mais eficaz e aumenta as chances de cura. Por isso, a colonoscopia periódica é a melhor forma de rastrear e prevenir o câncer de intestino.

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